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Caminhos para Roma: Aventura, queda e vitória do espírito — Otto Maria Carpeaux

R$ 59,90

“Estamos em crise, quer dizer, estamos sem fé. Começou na Reforma, com a autocracia do indivíduo, o caminho funesto que, através do racionalismo, iluminismo, liberalismo, imperialismo, bolchevismo, conduz ainda ao horror do aniquilamento. Já não acreditávamos em nada e, enfim, tampouco em nós mesmos. Mas é impossível viver sem fé. Viver, aliás, já é um ato de fé. Por isso, preferimos morrer; crescem em progressão geomé trica as cifras de suicídio.

[…] O indivíduo e a comunidade reconheceram que viver e conviver são impossíveis sem positivas convicções de fé, como só a religião é capaz de oferecê-las. O Estado e a política recordam-se de fundamentos religiosos; a economia aspira a alcançar compromissos morais de antigamente. Mesmo as ciências até agora tão alheias à religião tornam a reconhecer a força vital indestrutível da postura religiosa, e chegaremos a ouvir que os resultados da pesquisa científica moderna já não são obstáculos, e sim suportes à fé. Mas ainda domina o território a ciência ateísta do século XIX, infundida em milhões de cabeças por um dilúvio de livros e brochuras populares.

[…] A propósito de iluminar as diversas correntes espirituais e religiosas, políticas e econômicas do presente, empreende-se neste livro a tentativa de mostrar que elas, querendo ou não, demonstram uma tendência imanente que aponta a uma só destinação. De preferência invocou-se o testemunho de autores não-católicos ou anticatólicos: os caminhos levam a Roma”.

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SKU: 3165 Categories: ,

Ficha Técnica:
ISBN: 9788567394367
Editora: Vide Editorial
Dimensões: 16.00 x 23.00 cm
Páginas: 172
Idioma: Português

Weight 301 g
Dimensions 22,86 × 15,49 × 1,02 cm
Sobre o autor:

OTTO MARIA CARPEAUX (1900–1978), foi um jornalista, ensaísta e crítico literário austríaco naturalizado brasileiro. Nascido Otto Karpfen, filho de pai judeu e mãe católica, estudou Direito e Filosofia em Viena, Ciências matemáticas em Leipzig, Sociologia em Paris, Literatura comparada em Nápoles e Política em Berlim, além de doutorar-se em Letras e Filosofia na Universidade de Viena. Diante da ascensão de Hitler, combateu a ideologia nazista e a anexação da Áustria pela Alemanha, especialmente em seus livros e em seus artigos para a revista Der Christliche Ständestaat. Em 1938, após a invasão alemã, foi obrigado a refugiar-se, primeiro na Bélgica e, no ano seguinte, no Brasil. Conhecedor de mais de dez línguas, não demorou para dominar a língua portuguesa e firmar-se na imprensa local. O reconhecimento veio logo com os primeiros livros: A cinza do Purgatório (1942), Origens e fins (1943), Perguntas e respostas (1953), Retratos e leituras (1953) e Pequena bibliografia crítica da literatura brasileira (1955). Aclamado por nomes como Aurélio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, Álvaro Lins e Carlos Drummond de Andrade, começou a publicação de sua obra-prima História da literatura ocidental (1958-66), seguida por Uma nova história da música (1958), Presenças (1958), Livros na mesa (1960) e A literatura alemã (1964). Em 1968, deu por encerrada sua carreira literária, para se dedicar unicamente à luta política. Publicou também: O Brasil no espelho do mundo (1965), A batalha da América Latina (1966), As revoltas modernistas na literatura (1968), 25 anos de literatura (1968), Hemingway (1971) e Alceu Amoroso Lima (1978), além de prefácios, introduções, verbetes de enciclopédia. É considerado um dos maiores críticos literários brasileiros, tendo influenciado toda a sua geração de intelectuais e escritores.

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